domingo, 29 de janeiro de 2012

Meditando sobre a vida...





Parece pretencioso o titulo da postagem.
Não encontrei outro melhor.
Na verdade estava pensando nestes movimentos pra fora e pra dentro que fazemos ao londo da vida.
Não sei se todos são assim, mas os meus passos são bem claros.
Nasci e bem pequenina o movimento era pra fora, platéia, declamava.
Depois que nasceu minha irmã, que era mais linda, mais expressiva, mais artista, me voltei pra dentro, pros livros, pro ficar quietinha, num mundinho só meu.
Saindo da adolescencia, descoberta do mundo, as lutas politicas, a dignidade, os palanques, os movimentos sociais, a sexualidade, o trabalho. O mundo se abre num leque imenso, e suas pernas mal te acompanham pelos quatro cantos ou sabe-se lá quantos mais.
Depois a vida te leva a ir diminuindo as pretensões de modificar tudo, e a de formar paredes menores mais perto de si: casar, trabalhar, ter filhos, construir um caminho seu.
O mundo vai ficando menor.
Hoje estou tão voltada pra dentro, que as pessoas riem quando digo que Botafogo é longe e a Barra fica noutro país.
Tudo fica bem perto, medicos, trabalho, lazer, religião.
Sem carro, sem transporte.
De preferencia, pouco saio de casa. Só o extritamente necessário, ou só quando algo motiva demais, como um show do Chico, aniversário de um amigo, viagem pra casa da minha irmã.
Digo que já fiz muito, muitas viagens, de muitos tipos desde mochileira até
5 estrelas.
Muitos shows, desde B.B.King até o primeiro Rock'inRio.
Agora são muitos mergulhos para dentro, me manter em sintonia com a essencia e com o essencial.
Todas as tragedias parecem iguais, todos os escandalos políticos também, todos os amores e dissabores também.
Não, não se trata de apatia.
É que se você também parar para pensar, tudo muito de tudo já aconteceu.
As novidades estão na capacidade de conseguir mudanças internas, profundas ou não.
Mudar habitos alimentares, mudar forma de ver as pessoas, ter mais paciencia e bondade para com o próximo, ter mais noção do seu espaço nesta vida.
Estou em plena maturidade. Deixando pra trás o que não tem mais importancia,
na verdade, parece que vamos fazendo o caminho de volta.
Não sei se fui clara. Mas é isto aí!

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